sábado, outubro 20

Querida Sara,


Tenho uma coisa importante para te dizer, mas não sei como dizê-la.
Porque o que é realmente importante nunca será isto, mas sim o que se sente e, especialmente, a sua essência. Tu vais perceber isso, porque no fundo somos mulheres, iguais, e quem melhor que tu para perceberes a imensidão das minhas palavras que descodificas à anos sem grandes esforços.  

Quantas  pessoas se podem vangloriar de ter alguém como tu ao seu lado? Muito poucas. Mas creio que todas elas vão concordar comigo, porque todas elas vão fazer das minhas as suas palavras. No outro dia pus-me a pensar a quem é que eu ia ligar ás tantas da noite a contar o episódio do momento, a bomba do dia, a cusquice do instante. A quem é que ia chamar nomes para me acalmar num momento de raiva, de desgosto. A quem contava os podres do meu dia, as vitórias da semana, as frustrações do mês. Quem me diria que estava tão bem vestida quanto um sem-abrigo ou pronta para deixar o brad pitt a meus pés; que estava a exagerar ou a ser piegas..
No outro dia, que é como quem diz todos os dias, estava a pensar como poderia eu ter enveredado pelos caminhos que segui se não fosses tu sempre lá, pronta para dar o abanãozinho, a palmada nas costas, o abraço, a chapada sem mão.. e cheguei à conclusão que nada tinha sido igual. 
Ontem fiquei aqui. É a vez de inverter os papeis, e apesar de ser justo, não gosto nada desta ideia de te ter do outro lado do mundo, porque gosto muito de ti e fazes-me falta todos os dias, mesmo que não estejamos juntas. 
Aguardo-te sempre. Desejo-te o maior sucesso, acima de tudo. E apesar de saberes que por mim não ias para esse outro planeta, no fundo há algo em mim pronto para te dar o empurrãozinho para que a vida te sorria e faça de ti a melhor - que já és - para além dos meus olhos.

Um beijo,
PAT

(Tive um ataque de saudades tuas, por ser Outubro e a feira sem ti nunca ser a mesma coisa. E sim, fotos juntas é mentira!)

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