Talvez os procurem sempre no mesmo sitio, daí a linhagem ser a mesma.
O ser humano andasse a acomodar muito no que toca ao amor. Já não há luta; entrega total. Palavras deixadas nas entrelinhas, silêncios ensurdecedores, bilhetinhos, pirosadas.. todas aquelas típicas coisas por que o amor será eternamente conhecido. Hoje já não amores para sempre, primeiros e únicos. Já ninguém muda por ninguém, ninguém corre atrás de alguém... é muito mais fácil desistir que insistir.
Tenho pena. Tenho pena que as tecnologias matem o bichinho do conhecimento entre as pessoas. Que não haja impacto: o clima nas primeiras palavras, dos primeiros olhares.. enfim.
Já ninguém se dá ao trabalho de fazer com que uma relação dê certo. Apaixonam-se rápido. Desapaixonam-se mais depressa ainda. E sabem porquê? Porque não há primeiros impactos, empatia, as lembranças da primeira vez em que o coração bateu na boca; mas sim do momento em que fomos aceites, da primeira vez que recebemos um like ou que metemos conversa no chat do facebook.
Isso não nos trás nostalgia. E a nostalgia é que sustenta amores para sempre: ainda que não ocupem o mesmo lugar físico na nossa cama dia após dia, mas que nos aqueçam, pelo menos, o coração eternamente.
Estão-se a perder os valores, as palavras bonitas.
Joga-se cada vez mais ao pontapé no ego, ao sexo sem compromisso.
Ao toma-lá-dá-cá..
Talvez seja eu que tenha parado no tempo.
(Em resposta a um dos comentários que me foi feito, algo que já escrevi à algum tempo.)
p.s. dizer isto não é desculpar os homens da maioria das merdas que fazem, mas é meter a culpa das mulheres no topo das suas palavras pseudo-sábias.
No instante em que acabei de ler a primeira linha, logo me identifiquei; fez-me lembrar o que te tinha escrito, no final confirmaste-me.
ResponderEliminarÉ bom saber que consegui, de facto, passar a mensagem. :)