segunda-feira, abril 22

Etapas

Etapas. Toda a vida tem as suas. Atrevo-me a dizer que a cada pessoa define as suas. Há três anos, em Setembro, lembro-me de ter entrado nesta que devia ser a melhor da minha vida com o espírito de que poderia tornar-se no maior pesadelo. Foi difícil. Foi difícil aprender a viver sem as pessoas que tinha como certas ao meu lado, foi difícil  querer que era aqui o meu lugar quando tudo o que mais queria era voar daqui para fora. Dei muitas vezes por mim a dramatizar o futuro, a querer ter o passado nas mãos todos os dias. Porque apenas me revia nele. Hoje acho que nada nos deve prender com certeza, muito menos o passado.  Ás vezes são coisas do destino. E ainda bem que ele existe, creio eu. 
Hoje, sento-me deste lado e depois de olhar para estas fotos sinto-me muito mais tranquila. Ter ficado aqui talvez tenha sido o melhor. Tenho a certeza que fiz amigos para a vida, que nunca vou esquecer por se terem tornado mais do que uma família; uma família forte. Forte mesmo. Há uma grande diferença entre a Universidade do Algarve e as outras, dos grandes centros metropolitanos, como Lisboa e Porto. Aqui cultiva-se muito mais do que a mente. Educam-se valores para a vida, o espírito de entre-ajuda é notável (o que não oiço dizer por outros lados), a casa de um é a casa dos outros e nunca é tarde para andar na rua. O calor é um motivo de união porque a praia é aqui ao lado e a chuva também, porque o nosso traje é impermeável e bem quentinho. Os arraiais são uma festa e as quintas feiras vão sempre dar ao mesmo lugar. Mas o que importa é fazer sempre cada momento único com aqueles que nunca nos deixaram.

Por tudo isto, penso que quando entrar numa nova etapa, vou dramatizar novamente o futuro e querer o passado nas minhas mãos todos os dias. Vão-me fazer falta!

Um especial obrigado à Rute Pereira e à Filomena Raimundo por desde a primeira semana me terei feito ver tudo isto com outros olhos. Ao meu padrinho, Ivan Gomes, por me ter feito começar a adorar as praxes e ter uma visão mais aberta de muitas outras coisas. Ao João Viegas, ao Samuel, ao Rúben e ao Henrique por serem os melhores companheiros. E a mim, por insistir, resistir e persistir, quando tudo deu para o torto.

Era uma vez Gestão...

















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