quinta-feira, novembro 7

My shelter

Como é tradição não podia deixar de escrever para ti. Como é e como será para sempre até que os dias me matem. És a pessoa mais importante da minha vida e como tal, por muito que o meu tempo seja escasso, terei sempre tempo para ti, para escrever para ti, para fazer o que for preciso por ti. "Tens tempo? Claro que tenho tempo. E ainda que não tivesse, inventava-o", nada mais acertado para transmitir o que tento dizer. Que bom que é ter alguém como tu ao meu lado, sou a mulher mais sortuda à face da terra; escrevi-o ontem. Escrevi-o ontem no intuito de o repetir aos céus todos os dias da minha vida porque não há verdade mais absoluta. 
Admiro-te em todos sentidos. És o avô mais giro de todos os tempos, especialmente quando te faço vestir aqueles polos da lacoste para irmos só os dois almoçar fora. Sabe tão bem almoçar fora só contigo. Acabar a refeição em dez minutos e ficar uma hora e meia à espera que termines. É bom olhar para ti nesse gesto pachorrento de quem já não tem nada a perder. "Pede uma sobremesa.. pede o que quiseres", como quem se desculpa da demora. És o melhor avô do mundo. Comeria as sobremesas todas do mundo para te poder ver para sempre nesse gesto de calma e sabedoria falante nos intervalos do garfo que levas à boca. 
És o melhor homem que conheci em toda a minha vida. O  melhor marido, o melhor pai, o melhor avô. 
Agradeço-te a dedicação, a educação, as horas vagas. O silêncio das cestas dormidas em conchinha pelos pinhais fora, a comida que me puseste na mesa, as vezes em que fui à escola porque só tu me levavas. Agradeço-te os dias passados na terra, na vindima, na cerâmica, na ida à maré; os banhos de mangueira, e os jogos de futebol do benfica em que não te calavas. Aprendi tanto contigo, aprendo tanto contigo. 
My shelter.

Obrigado por existires,
Patrícia
7 de Novembro

P.s. Por mim ja estava ao pé de ti; estou a fazer pressão psicológica à mae para te ir dar mil beijinhos e abraços. 






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