quarta-feira, janeiro 28

Um dia o pano cai


«Não precisamos apagar a luz do próximo para que a nossa brilhe.» Mahatma Gandhi


Assistimos a um espectáculo que deixou de ter palco e plateia para passar apenas a ter actores. Actores das próprias vidas.
 Chego a perguntar-me com que sentimento se deitam todos os dias. Se alguma vez deixam cair a máscara e se se olham ao espelho. Se sabem realmente quem são e de onde vieram. Se choram pelas próprias tristezas, ou se apenas festejam o inglório infortúnio alheio com gargalhadas que os levam às lágrimas. Se sabem o que é o amor. A amizade. O respeito.  
Vejo infelicidade e alter-egos a mais dissimulados em pessoas vazias de si, mas cheias do que não são. Vejo deslealdade e caminhos demasiado atalhados para sucessos rápidos e esforços mínimos. Como não seria de esperar. Vejo uma sociedade desnutrida.
 A confiança perdeu pontos para as traições repetidas. E o amor ao próximo, foi à falência quando descobriu a carga que era caminhar na incerteza. 
Depois de perceber que havia mais actores do que encenadores, mais holofotes do que palmas,mais cenários do que palcos, sentei-me a observar. 

Um dia o pano cai.

Que haja alguém para contar a história.

Patrícia Luz

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3 comentários:

  1. Olá tento sempre ler os teus textos ou desabafos fico sempre surpreso com a tua forma de ver o mundo.
    Muitos parabéns pela pessoa que és continua assim é a vida vão te sorrir sempre..

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  2. Olá tento sempre ler os teus textos ou desabafos fico sempre surpreso com a tua forma de ver o mundo.
    Muitos parabéns pela pessoa que és continua assim é a vida vão te sorrir sempre..

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