segunda-feira, dezembro 3

Sorrisos de sangue, é o que se quer

As pessoas vivem cada vez mais para sí e para o seu umbigo. Tudo gira em volta do dinheiro.
Apaixonam-se por dinheiro, tiram determinado curso pelo dinheiro, fazem coisas que nunca pensavam fazer pelo dinheiro, amam o fútil, sonham com o caro, com o prestigio. Vive-se de estereótipos e de imagens.
Há uma constante busca pela superioridade substancial e material. 
Abdica-se muito do sentimento para atingir fins. Fins esses que nos farão felizes aos olhos dos outros, mas que no fundo em nada nos enchem a alma. E é mesmo aí que todos nós falhamos. Em deixar a alma para depois, a termo incerto, na esperança que um dia alguém  nos dê o abanãozinho e nos pergunte «E o sangue que te corre nas veias, é feliz?». Esse alguém não existe.
Há uma grande diferença em parecer-se feliz e sê-lo efectivamente. Pão Pão, queijo queijo. 
Julguem-se as pessoas por actos, não pelo que vestem e trazem consigo, na mão... porque o coração é outra coisa. Uma coisa melhor e maior, que pode trazer muitas mais coisas para nos fazer simplesmente esboçar um sorriso de sangue e não mais um arregalar de dentes só para fazer jeito.

Mais abraços e palavras,
das pesadas,
que conseguirão pôr alguém a chorar de felicidade. 
Isso é que vale a pena.
A vida agradece.
E eu também.


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