Dia da mulher são todos os dias em que um homem se lembra.
Apesar de tudo essa é a essência humana, agradar ao sexo oposto - com as excepções, ainda, pouco naturais que todos nós conhecemos, claro. Que importaria ser linda de morrer ou ter a inteligência a cima da média se acima de tudo não tivéssemos quem a admirá-se e a quisesse partilhar connosco? Eu penso que este é um dia injusto. Injusto não pela história que representa, mas pelas comemorações que se fazem actualmente dele. Talvez se deve-se encarar com mais respeito, numa espécie de luto por tudo o que aconteceu no passado e não como o dia em que tudo o que é loucas varridas sai à rua para demonstrar que está disponível para abrir as pernas. Desculpem-me os termos. Mas sempre que me lembro deste dia não consigo tirar da cabeça as "saias" que se vêem por aí, os pés torcidos em saltos altos nunca usados e os gritos histéricos por todo o lado a delirarem com strips, como se nunca tivessem visto um homem nú na vida. Isso e a quantidade de rebarbados que tiram a barriga de misérias para o resto do ano com raparigas lindas, que vagueiam podres de bêbadas por aí, sem perceberem bem com quem se deitam.
Se isto é honrar o nome das mulheres... bem, deixo ao critério de cada uma. Eu cá acho que há maneiras melhores de demonstrar as inúmeras qualidades que temos.
Posso sugerir a minha e das minhas amigas:
Vão a um shopping, comam todas as porcarias que durante o ano não podem por isto ou por aquilo; escolham cada uma o melhor vestido da loja e tenham uma fenomenal cena de gajas nos provadores. E por fim, abaquem-se por horas infinitas a sonhar sentadas nas poltronas da restauração até que o segurança vos lembre que já passa um pouco da meia noite e o nosso dia por fim acabou. E cuidado no regresso a casa, quem sabe não vem um carro cheio dessas loucas varridas em contra mão...