Chovia a cântaros. O vento fazia cantar os pinheiros lá fora.
Já era tarde, não sei precisar as horas. Cá dentro havia um silêncio ensurdecedor dono de todas as paredes daquela casa. Estava escuro. Tinha medo. Que bom que era o aconchego dos cobertores e a tua respiração no ouvido. Chovia mais. Abraçavas-me com força enquanto dormias. O vento ecoava com força na janela. Beijavas-me o ombro e abraçavas-me mais.. em conchinha, como sempre.
Enroscada naquele abraço adormeci de novo. Os teus pés entrelaçaram-se nos meus. Talvez me quisesses dizer que a mudança está nas acções, que querias ficar comigo para sempre, que estava frio ou apenas que os meus pés estão mais quentes que os teus, o que é raro. Talvez me quisesses transmitir segurança. Talvez estivesses só a dormir. Talvez não te lembres.
«amo-te»
«amo-te muito», sussurraste.
Nunca me vou esquecer. Se calhar as pessoas quando dormem demonstram realmente o que sentem, assim como quando estão bêbedas dizem a verdade. Pelo menos aquele beijo disse-me isso. Se calhar não percebo tão bem de química como de português. Quem sabe?
Fazes-me falta.
kiss kiss bang bang!
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