O que o nosso país precisa é de um bocadinho, como quem diz, mais de educação. Graças a Deus que tive um pai que me soube transmitir valores. Que me soube desde pequenina ensinar a diferença entre o bem e o mal, o certo e o errado. Que se soube sentar do outro lado da mesa e explicar-me que as pessoas não são coisas e que os sentimentos que nutrimos por alguém devem ser puros e deixados em pratos limpos. Que a pior tristeza é perder alguém de quem gostamos por lhe darmos falsas esperanças sem que nos apercebamos disso.
Foi com ele que aprendi a ser fria. E isso ele não me ensinou.
A vida molda-nos muitas vezes sem que nos apercebamos. Começamos a ser mais contidos nas nossas palavras, nos nossos actos, nas nossas acções. Por vezes demais. Algumas pessoas não percebem o quanto nos esquartejam e fazem com que nos tornemos em seres que não somos por natureza, dada a sua falta de ética. Até que ponto uma pessoa tem o direito de me roubar a paz de espírito? Talvez precisassem de um pai como o meu, que lhes ensinasse a respeitar o próximo. Respeito: Coisa que não sabem ter, mas que são sempre as primeiras a impor.
Felizmente há duas coisas em que me baseio para viver os meus dias de bem comigo, a primeira é a «fazer tudo como se alguém me contemplasse» (e contempla) e a segunda, bem.. a segunda é a acreditar que tudo que me dão, Deus, ou quem quer que esteja encarregue disso, se encarregará de dar em dobro. E que se escreva direito por linhas tortas.
(Pessoas com histórias são muito mais do que caras que vagueiam pelas ruas, com um nome qualquer. E talvez passes por elas e não percebas o quão triste pode ser o seu sorriso.)
Sem comentários:
Enviar um comentário