Um dia...
Vais perceber que ela não te tirava da cabeça a cada segundo e que os dias demoravam séculos a passar só para te ver. Que as horas em que te divertias com outras, ela passava a olhar para o telefone à espera que te lembrasses dela. Que quando te desejava boa noite e tu adormecias no minuto seguinte, passava horas a ler os arquivos de mensagens de há dois anos as quais tinhas apagado uma semana depois e cujas não lembrarias mais. Que quando não te respondia às mensagens uma hora depois estava empenhada a estudar para que o verão tivesse três meses e não apenas um, perto de quem mais amava. Que quando ficava a dormir quando ias sair com os teus amigos, o mealheiro estava a crescer para estar bem perto de ti depois. Que quando todas as amigas iam às compras, ela vestia a moda o ano passado porque achava não precisar de agradar a mais ninguém além de ti.
Um dia vais perceber que ela não era igual às outras. Maníaca por sexo, copos e rock&roll, que se vendia a troco de uma noite louca que no dia seguinte não ia mais lembrar. Ela trocava as noites de sábado perdida por entre o fumo dos cigarros, pelo quentinho da lareira ou uma mesa rodeada de amigos e boa música ambiente; as noites entregues às luzes da ribalta, pela lua como candeeiro e o mar como fundo. O rímel de um olhar falso pelo brilho natural que os olhares apaixonados tendem a ter.
E nesse dia, desejo que não tenhas assentado os pés no chão e esperes pela mensagem dela num desses bares com música ambiente, enquanto os teus amigos foram sair. Quem sabe não aparecerá com alguém melhor que tu e a tenhas perdido, quem sabe, para sempre.
(Na verdade, mulheres inteligentes não são burras para sempre.)
Nem imaginas o quando poderia ter sido eu a escrever este texto, o quando me faz sentido...
ResponderEliminarContinua a escrever e a alimentar este cantinho, estarei cá desde lado sempre ansiosa por ler.
Patrícia acompanho-te desde o /fragmentos e se já me identificava com o que muitas vezes escrevias e escreves, este é sem duvida o que mais me reflecte!
ResponderEliminarPasso cá milhentas vezes, não fiques muito tempo sem aparecer!
Um beijinho, Rita
Gostei muito.
ResponderEliminarParabéns. Continua este cantinho que faz parte de ti :))
Gostei muito Patricia, sempre á altura :D não me identifico totalmente mas em algumas coisas muito. Em relação á tua outra nota como eu te percebo. Sabes quando escrevo também penso nisso, haverá sempre pessoas que se vão identificar, outras que não gostaram, quem ache lamechas ou quem ache que estás triste ou feliz. Mas eu aprendi o importante é escrevermos para dentro, tal como disseste faz nos bem, escrever por gozo e de dentro pra dentro..e só depois pensar no resto, e em quem está cá fora e vai interpretar á sua maneira. Tudo de bom *
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