@ Todos os direitos reservados | Fotos: Patrícia Luz
Hoje não escrevo.
Cheira a baunilha. Há qualquer coisa neste cheiro que me deixa em paz.
Quase tão em paz como as noites de verão à beira mar plantadas dentro de um saco cama que tendia a ser pequeno para dois, quando o frio apertava. Não tenho saudades tuas. Não tenho mesmo saudades nenhumas tuas. Mas da paz dessas noites, tenho quase todos os dias quando acendo uma das inúmeras velas do meu quarto e recordo as minhas mãos gélidas a ajeitar o garrafão semi-cortado que fazia de cúpula àquele candeeiro artificial que inventámos. Único naquele areal imensamente deserto. E escuro, se não fosse a lua.
O chão do meu quarto é terapêutico. Eu sento-me aqui e perco a noção do tempo.
Ás vezes o presente confunde-se com vários tempos verbais. Há nuvens por todo o lado. E quem me dera que fosse apenas o vapor aromático da lúcia lima a pairar no ar.
Talvez amanhã.
Patrícia Luz
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