I never told you, but I was falling in love.
Quantas vezes amaste em silêncio? Quantas pessoas te amaram em silêncio?
Há coisas que ficam bem melhor entregues assim. Gostar das pessoas tem tanto que se lhe diga. Gostar das pessoas hoje em dia é muito mais do que isso. Aliás, é cada vez mais só isso. Se lhe dizes corres riscos que podem ter consequências para a vida, se não dizes, nunca saberás, mas é quase sempre o melhor caminho. Nunca se ganha nada. Nunca se perde nada. Mas sobretudo, nunca se estraga nada. E quando gostamos de alguém, o que menos queremos é que ela se mude para o outro lado do planeta e fuja a sete pés.
Há quem diga que são amores comodistas. Eu digo que são sinceros.
Gostar de alguém em silêncio é coisa de gente forte. Tão forte quanto fraca em simultâneo. Só isso.
Gostar de alguém em silêncio é um beco sem saída, com saída por todos os lados. Porque tu só estás preso enquanto queres estar. Só gostas enquanto nada te fizer mudar de ideias.
Gostar de alguém em silêncio é um grande filme. Digno de sala cheia e ecrã gigante. Porque não há silêncio maior que o de quem ama sem poder amar. Não há drama maior do que tudo o que não queres saber vir-te parar às mãos por obra e graça do espírito santo. Não há olhos que vejam melhor o que não queres ver. E atrevo-me a dizer que quem te ama em silêncio conhece todos os teus lados. Porque ninguém sabe. Mas tudo se sabe. Ninguém estraga. Mas toda agente o faz, ainda que indirectamente.
Quem gosta em silêncio. Gosta de tudo em ti.
E nem tu sonhas o quanto.
Patrícia Luz
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