É bom chegar à cidade e ver a imensidão de luzes acesas à espera de me receber para mais uma semana de trabalho. Mas é tão melhor a paz da nossa casa de coração. O colinho do avô. A fruta comida directamente da árvore. O som dos sinos da igreja e do mar a enrolar a areia. Da chuva a bater na janela e do vento a ecoar na rua. É tão bom o quentinho dos amigos junto à lareira. O silêncio das palavras e a música a aquecer-nos a alma. É bom o sotaque da terra. O vinho da última colheita e as lembranças em todas as ruas. É bom o sabor do croissant com chocolate da infância, que ainda se mantém e do pão acabado de fazer. É bom o cheiro a terra molhada e até mesmo o frio da cama vazia.
Há coisas que nunca mudam.
ao som de Prefuse 73.
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