«A quem me deseja o mal, eu desejo o bem. Cada um oferece aquilo que tem.»
Há dois tipos de pessoas no meu dicionário. As que eu adoro e as com quem eu não simpatizo, dispenso meios termos. Não odeio as segundas, nem lhes corto a oportunidade de me surpreender pela positiva - anseio que o façam; simplesmente não insisto em gostar delas. Ou do feitio delas.
Respeito-as o suficiente. Ao ponto de me pôr sempre a mim em cheque primeiro. Respiro três e quatro vezes quando o feitio delas choca com o meu.
Acho que não devemos odiar pessoas. Faz-me uma ligeira impressão quem o faz e quem o diz. Nunca sabemos quando a nossa vida depende delas, quando trincamos o próprio veneno e morremos engasgados com o ódio que nutrimos pelos outros.
Acredito que o que damos, é reflectido para nós em dobro. E como eu desejo muito bem à minha vida, não me preocupo em desejar o pior à dos outros. Contudo sei que nem todos pensam assim. A inveja transforma muitas pessoas aparentemente boas em atitudes que as desmascaram aos olhos dos mais atentos. E mal de mim e de quem me fez tão perspicaz.
Eu não odeio pessoas. Mas também não finjo não ouvir o que me incomoda. Não sorriu quando não acho graça. E não compactuo com quem perturba a minha paz emocional. Já lá vai o tempo.
Pelo contrário, desejo o bem a todas as pessoas que me tentaram fazer mal por alguma razão. As que me tentaram passar a perna em algum momento da vida. As que me magoaram. As que sairam da minha vida antes de fazerem parte dela. Não me esqueço delas. Não deixo de lhes dar a mão.
Porque aprendi ao longo dos tempos, que o bem é a melhor maneira de castigar quem usou todas as facas que tinha contra nós. O bem é a melhor solução para a guerra. O bem de verdade.
Chapadas de luva branca fazem bem ao mundo. E à consciência.
Há pessoas que parecem ingénuas. Há pessoas que parecem parvas.
Há outras que não se chateiam com nenhuma das pessoas que as fazem passar por ambas as coisas.
Porque pessoas inteligentes o suficiente só se deixam comer quando querem.
E muitas deixam-no vezes o suficiente para perceber o quanto não simpatizam com alguém.
Pessoas inteligentes tiram conclusões em silêncio.
(Rezem por não conhecerem o dia em que decidirem fazer barulho.)
Patrícia Luz
13 de Fevereiro 2015
encontrei o teu blog por acaso enquanto pesquisava algo na net, adorei a tua forma de escrever e o teu sorriso. continua a sorrir, pois tens um sorriso lindo. ps: desculpa ter comentado no teu blog, mas nao resisti.
ResponderEliminarObrigado Nuno pelo feedback :)
EliminarOra essa! Continue a vir cá que é muito bem vindo!
Beijinhos,
Patrícia