Ás vezes a vida põe-nos à prova. Ás vezes.. como quem diz. Os últimos meses foram difíceis, mais do que o normal. Houve um turbilhão de sentimentos a apoderar-se de um corpo telecomandado que foi o meu. Ás vezes as coisas não correm como planeamos, as pessoas desapontam-nos quando menos esperamos e acabamos a dar por nós a lutar sozinhos contra a maré, a chorar no nosso próprio ombro e a falarmos com as paredes na esperança que digam que temos razão e que o caminho é em frente quando tudo nos quer prender ao passado. Que atire a primeira pedra a quem isto não aconteceu já. Coisas da vida. Coisas que fazem falta, que nos ensinam a lidar com as adversidades, com pessoas sem escrúpulos - que nunca vão deixar de existir -, connosco próprios. Comigo própria, essencialmente. Aprendi muito. Aprendi que ninguém é a última bolacha do pacote, que nunca devemos deixar nada por dizer nem nada por fazer; a amar mais e melhor enquanto é tempo, a desconfiar sempre das evidências, a respeitar e a impor respeito. Aprendi que ninguém é um dado adquirido, que desculpar é preciso quando a falta que alguém faz na nossa vida é maior que o erro que cometeu. Que as pessoas mudam. Que quem realmente gosta de nós, fica e faz tudo para nos ter de volta. Que o amor existe na distância e que a distância não é desculpa para nenhuma falta de amor. Que as coisas que foram feitas para dar certo, irão dar certo; e que as coisas que foram feitas para dar menos certo vão resultar naquilo que as pessoas querem que resulte... enfim, mil e uma coisas.
É triste que soframos com os erros dos outros. É triste e dói. Dói mesmo. Doeu mesmo. Há uma certa raiva assimilada à tranquilidade de uma consciência que não pesa, a minha. Ao menos isso. Sempre disse e continuarei a dizer que não desisto daquilo em que acredito e isso é o que me move até provas (claras) em contrário. Para mim o caminho termina no fim. Pode é ser mais ou menos longo.
E nunca se esqueçam, nunca amem mais alguém do que vocês próprios. Quando isso estiver para acontecer, parem e dêem uns passos atrás. Ninguém tem o direito de pisar a vossa essência e destruir os vossos sonhos. Se esse amor não vos trouxer felicidade, não é, com certeza, amor.
Hoje sinto-me melhor. Reescrevi o meu amor em papel reciclado e estou serena, atrevo-me quase a dizer, feliz.
Vai ficar tudo bem.
Patrícia Luz
música (Obrigada Sara, veio mesmo a calhar. Como me conheces!)
música (Obrigada Sara, veio mesmo a calhar. Como me conheces!)
1) o meu cozinhado de hoje, 2)3) as típicas fotos de parva enquanto faço tempo pro minibus pra faculdade
tocou-me a mim, bem cá no fundo...muito por causa de estes últimos tempos tbm não terem sido nada fáceis. keep going! :)
ResponderEliminarI.
muito bom! parabéns
ResponderEliminarGostei muito Patricia, como entendo muito do que dizes.
ResponderEliminarBeijinho ~