Devia ter-te esquecido. Arrancado de uma vez por todas da
minha vida, espezinhado como fizeste comigo, errado de propósito para sentires
na pele a dor de amar alguém. Devia privar-te de me veres, de saberes de
mim, para saberes o verdadeiro significado da palavra saudade ao olhares o meu
número de telefone e pensares o quão bom seria ouvir a minha
voz ou receber uma mensagem minha, como aconteceu comigo durante tempos e
tempos. Devia ter-te esquecido, como os fortes
fazem quando querem por termino àquilo que não resultou mais. Sim, durante uns
tempos pensei que isso me tinha acontecido, mas enganei-me, como todas as
pessoas que se auto enganam ao pensar que esquecem aquele que foi o seu amor
para a vida. E não é que não acredite que vá existir melhor, até porque não me
posso queixar, mas dizem que o primeiro é o tal, e eu acredito bem por tudo o
que me fazes ainda hoje sentir. Não faz sentido a maneira como apareces na
minha vida de tempos a tempos em recortes fotográficos que a minha memória faz
questão de não esquecer. Como daquela vez em que me penteavas o cabelo ao
espelho, ou da outra em que nem saboreei aquele pastel de Belém às direitas...
Não há saudades. Não
há amor. Não sinto a tua falta. Não há fantasmas a assombrar-me o espírito como
houve durante tanto tempo. Há uma coisa que tende a levar-me até ti a que
desisti de dar nome por nem merecer que eu pense em tal coisa. Mas que ainda
vai dar um bom livro, lá isso vai. Nesse dia, agradeço-te a história e o
argumento. Porque aí sim, vou depositar todo o meu amor por ti, todas as frustrações e sentimentos de quase-ódio e raiva que te tive; e por fim esta coisa, a que não se dá nome, mas que todos vão entender nas entrelinhas destas minhas palavras que escrevo, como sempre, em modo de rescaldo.
E sim, este é mesmo para ti.
Actualiza com mais frequência pleaseeeeee ; )
ResponderEliminarI.