Há quem lhe chame loucura, eu chamo amor.
Nunca é tarde ou cedo para fazermos uma coisa que adoramos fazer. E foi assim que, desafiada pelo David, acordei às quatro da manhã para ir fotografar ao nascer do sol.
Há quem lhe chame mania esta coisa de pousar para as fotos, futilidade ou até quem fale do síndrome do querer aparecer. Não sabem nada. Não quero tão pouco saber.
Eu falo em amor. Porque adoro fotografia, adoro fotografar e ser fotografada é mesmo um escape que me deixa a cem anos luz do resto do mundo. Divirto-me imenso a fazê-lo. Não, não é um frete para ter mais uma foto para o instagram. É uma terapia. E quem me conhece, sabe.
Não importa se fica bem ou mal, o que importa é o tempo. O tempo que passa feliz.
Às cinco da manhã estavamos a tomar o pequeno almoço numa bomba de gasolina - onde havia pessoas que ainda não tinham acentado o seu belo corpinho na cama -, a falar sobre fotografia e à espera que se levantasse a noite cerrada. Assim que a aurora começou a aparecer, viemos a mil para este lugar e esta foi uma amostra do resultado final.
Estava frio. Mas ninguém notou após o primeiro clique. Uma pessoa esquece-se disso.
Não se ouvia ninguém. A não ser os pássaros a esvoaçar, as ondas do mar a quebrar e os patos, pachorrentos, no seu acordar matinal. Em pouco menos de uma hora, várias cores invadiram o céu. E os meus olhos. Os nossos.
O mar espelhava uma imensidão de azul. Mas do lado oposto, um arco iris de cores presenteou-nos com a certeza que, acordar a esta hora não é de loucos.
De loucos é perdê-la, enquanto se dorme.
Obrigada David. Isto foi TOP!
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